Maçã: mitos e verdades sobre essa fruta conhecida mundialmente

A maçã é uma das frutas mais consumidas do planeta e está presente em praticamente todas as culturas. Reconhecida pelo sabor adocicado e pela praticidade no consumo, ela também carrega uma série de crenças sobre seus benefícios à saúde — algumas verdadeiras, outras nem tanto. Conhecida desde a Antiguidade, a fruta simboliza vitalidade e até tentação em diferentes mitologias, mas a ciência moderna revela dados concretos sobre seu valor nutricional e efeitos no organismo.

De acordo com informações e estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo regular de frutas, como a maçã, está diretamente relacionado à prevenção de doenças crônicas, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão e problemas cardiovasculares. No entanto, ainda existem dúvidas sobre o que realmente é verdade em relação a essa fruta tão popular.

Entenda: o que a ciência diz sobre a maçã

A maçã é rica em fibras, vitaminas e compostos antioxidantes. Uma unidade média contém cerca de 80 calorias e grandes quantidades de pectina, uma fibra solúvel que ajuda a controlar o colesterol e a regular o intestino. Estudos também apontam que a fruta auxilia na saciedade, sendo uma aliada em dietas de controle de peso. Além disso, contém vitamina C, potássio e compostos fenólicos que combatem os radicais livres, ajudando na prevenção do envelhecimento precoce.

Entre os principais benefícios comprovados, estão:

• Melhora da digestão e do trânsito intestinal;

• Controle dos níveis de colesterol e glicose no sangue;

• Fortalecimento do sistema imunológico;

• Redução do risco de doenças cardíacas;

• Ação antioxidante e anti-inflamatória natural.

No entanto, nem tudo o que se fala sobre a maçã é verdade. Um dos mitos mais comuns é que ela “cura todas as doenças” ou “substitui a escovação dos dentes”. Embora o ato de mastigar a fruta estimule a salivação — o que contribui para a limpeza bucal —, ela não substitui a higiene oral adequada. Outro equívoco frequente é o de que “maçã verde engorda menos do que a vermelha”. Na prática, ambas têm valor calórico muito parecido; o que muda é o sabor e a concentração de determinados nutrientes.

Segundo nutricionistas, o ideal é variar os tipos de maçã — Fuji, Gala, Verde, entre outras —, já que cada uma oferece pequenas diferenças em sabor e composição. O consumo com casca é o mais indicado, pois é nela que se concentram as fibras e parte dos antioxidantes. Lavar bem a fruta antes do consumo é fundamental para evitar resíduos de agrotóxicos.

Outro ponto que gera dúvida é o consumo da maçã em sucos ou sobremesas. Embora o suco natural mantenha parte dos nutrientes, a ausência das fibras da casca e do bagaço reduz os benefícios metabólicos. Além disso, o açúcar adicionado em algumas preparações pode neutralizar os efeitos positivos da fruta. A recomendação dos especialistas é consumi-la in natura, com casca e em pequenas porções diárias.

Estudos recentes publicados na Nutrients Journal e pela Harvard Health Publishing indicam que o consumo regular de uma maçã por dia pode reduzir em até 15% o risco de doenças cardiovasculares, graças ao seu potencial antioxidante. Essa evidência reforça o ditado popular “uma maçã por dia mantém o médico longe” — que, embora não seja uma regra absoluta, tem fundamento científico.

Por fim, vale lembrar que a maçã deve fazer parte de uma alimentação equilibrada, associada à prática de atividade física e ao consumo variado de outras frutas e vegetais. Sozinha, ela não é capaz de promover milagres, mas pode ser uma grande aliada na manutenção da saúde e do bem-estar.

Fonte: cnnbrasil.com.br/saude/

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