O quiabo realmente ajuda a diminuir diabetes tipo 2 em alguns casos?

O quiabo (Abelmoschus esculentus) é um vegetal amplamente consumido no Brasil e reconhecido por suas propriedades nutricionais. Há alegações de que o consumo de quiabo, especialmente na forma de água ou chá, possa auxiliar no controle da diabetes tipo 2. No entanto, é fundamental analisar essas afirmações à luz da ciência atual.

Estudos preliminares sugerem que compostos presentes no quiabo, como fibras e flavonoides, podem ter efeitos benéficos no metabolismo da glicose. Por exemplo, uma pesquisa mencionada pela revista Saúde indica que a água de quiabo pode reduzir os níveis de glicose em camundongos. Contudo, esses resultados não foram confirmados em estudos clínicos com seres humanos, e mais pesquisas são necessárias para validar tais efeitos.

Além disso, uma meta-análise publicada em 2023 concluiu que o quiabo pode ajudar na redução da glicemia de jejum em pessoas com diabetes tipo 2 e pré-diabetes. No entanto, os autores destacam que mais estudos são necessários para confirmar esses achados.

Posicionamento de especialistas

Entidades renomadas, como a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), alertam que o consumo de quiabo não deve substituir tratamentos médicos convencionais para diabetes tipo 2. A SBD enfatiza que, embora o quiabo seja um alimento saudável, não há evidências científicas suficientes para comprovar sua eficácia no controle da doença.

Especialistas também alertam para o risco de pacientes substituírem medicamentos prescritos por alternativas não comprovadas, como o chá de quiabo, o que pode levar ao descontrole da doença.

Embora o quiabo seja um alimento nutritivo e contenha compostos que, em estudos laboratoriais, mostraram potencial para auxiliar no controle da glicemia, não há evidências científicas robustas que comprovem sua eficácia no tratamento ou prevenção da diabetes tipo 2 em seres humanos. Portanto, é essencial que pacientes com diabetes tipo 2 sigam as orientações médicas, adotem uma alimentação equilibrada, pratiquem exercícios físicos regularmente e utilizem os medicamentos prescritos por profissionais de saúde.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br/saude/

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