Câncer
Câncer de intestino: o que é, principais causas e como identificar os sintomas
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima, para o período entre 2023 a 2025, mais de 45 mil casos de câncer no intestino por ano. Segundo o Instituto, são esperados cerca de 20 novos casos a cada 100 mil homens e de 21 a cada 100 mil mulheres.
Esse tipo de câncer, também chamado de colorretal ou do cólon e reto, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon), no reto (final do intestino) e no ânus.
O número de internações por câncer de intestino aumentou 64% nos últimos dez anos, um resultado que preocupa especialistas de diferentes áreas.
Entenda o que causa o câncer no intestino, quais os principais sintomas e como prevenir a doença.
O que é o câncer de intestino?
O câncer intestinal é caracterizado por um tumor maligno que se forma nas paredes do intestino grosso. Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, a doença normalmente se desenvolve a partir de pólipos.
Esses pólipos são lesões benignas que surgem no intestino grosso devido ao crescimento anormal de tecido nessa região. Apesar de benignas, elas podem evoluir para um câncer em alguns casos.
Quais fatores podem causar o câncer no intestino?
Além dos pólipos, existem outros fatores que podem desencadear a doença. Conhecê-los é um passo importante para a prevenção.
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco são:
Estilo de vida
A falta de hábitos saudáveis é um dos principais fatores que contribuem para o surgimento de diversas doenças, incluindo o câncer.
O sedentarismo, a falta de uma alimentação equilibrada e o consumo excessivo de substâncias como o álcool são alguns exemplos de hábitos que podem causar o câncer colorretal.
Além do estilo de vida, a idade também pode ser um fator de risco. Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde, pessoas acima dos 50 anos apresentam maior tendência a desenvolver a doença.
Gordura corporal em excesso
O tumor no intestino também pode aparecer devido a inflamação crônica no organismo, causada pelo excesso de gordura corporal.
Essas alterações biológicas podem contribuir para o desenvolvimento de lesões malignas na região intestinal, conforme explica o Ministério da Saúde.
Tabagismo
Fumar é um hábito prejudicial para a saúde de maneira geral, sendo também um dos fatores de risco para o desenvolvimento de diferentes tipos de tumores malignos, incluindo o câncer no intestino.
O cigarro carrega diversas substâncias tóxicas e cancerígenas, como níquel, arsênio e substâncias radioativas, segundo a Biblioteca Virtual em Saúde.
Além disso, a nicotina presente na composição de produtos a base de tabaco causa dependência, o que pode impactar o bem-estar e a qualidade de vida do usuário de maneira geral.
Consumo exagerado de álcool
Assim como o cigarro, as bebidas alcoólicas também podem impactar na qualidade de vida e na saúde de maneira geral.
Segundo o Ministério da Saúde, ao entrar no organismo, o álcool é convertido em acetaldeído, substância classificada como cancerígena.
A quantidade de álcool que pode desencadear um aumento no risco de câncer intestinal se refere a um valor acima de 30 gramas por dia, que equivale a duas doses de bebida, de acordo com o Ministério.
O desenvolvimento do câncer no intestino tem forte impacto da alimentação. Dietas pobres em fibras e o excesso no consumo de alimentos ultraprocessados contribuem para o surgimento da doença.
Nos últimos 10 anos, o consumo de alimentos ultraprocessados pelos brasileiros teve aumento médio de 5,5%.
Isso foi o que mostrou um estudo sobre o perfil de consumidores, divulgado pela Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), feito pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP).
O principal meio de prevenção do tumor é a mudança de hábitos de vida, segundo o chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização da Rede do Inca, Arn Migowski.
“A obesidade, o tabagismo e o consumo de álcool e de carnes processadas, tais como linguiça, salsicha, bacon, presunto, salame e mortadela, são todos fatores de risco”, alerta Migowski, em comunicado.
“Há pesquisas que apontam que o consumo de 50 gramas dessas carne processada é capaz de aumentar em 18% o risco de desenvolvimento de câncer colorretal”, acrescenta.
O especialista destaca que o consumo de carne vermelha deve ser limitado. “A recomendação é até 500 gramas de carne vermelha por semana”, explica.
“Além disso, frutas, verduras e legumes são alimentos auxiliares, que devem ser consumidos no mínimo em 5 porções diárias, pois garantem o bom funcionamento do intestino e ajudam a prevenir o câncer”, completa.
Arn reforça que o estilo de vida saudável é fundamental para a prevenção. “Precisamos lembrar que a maioria dos casos não tem influência hereditária, ou seja, um fator familiar, mas sim de fatores de risco como esses, ligados ao estilo de vida”, argumenta.
Apesar de receber o nome de câncer colorretal, o especialista explica que a designação faz referência a porção do intestino na qual o tumor aparece.
“O câncer de reto é aquele que acontece na parte final, antes do ânus, enquanto o câncer de cólon acomete o restante do intestino grosso”, esclarece.
Como identificar os sintomas do câncer no intestino?
Os sinais mais comuns são: presença de sangue nas fezes, dor e cólica abdominal frequente com mais de 30 dias de duração, alteração no ritmo intestinal como diarréia ou constipação, emagrecimento rápido, além de anemia, cansaço e fraqueza.
Em entrevista à CNN, no quadro Correspondente Médico, o neurocirurgião Fernando Gomes explica que alguns desses sintomas podem ser genéricos, mas são um sinal de alerta quando aparecem de forma recorrente.
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