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Câncer

Exercícios físicos previnem danos nos nervos durante a quimioterapia

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em

saaudee.com - imagem.pixabay

Estudo revela que exercícios físicos simples podem prevenir neuropatia periférica induzida por quimioterapia, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Tratamentos contra o câncer, como a quimioterapia, podem causar danos nos nervos, resultando em sintomas duradouros como dor, formigamento e dormência. Um novo estudo da Universidade de Basileia, em colaboração com uma equipe interdisciplinar da Alemanha, mostrou que exercícios simples podem prevenir esses danos.

Melhoria na Qualidade de Vida com Exercícios físicos

As terapias contra o câncer evoluíram significativamente, focando não apenas na sobrevivência, mas também na qualidade de vida pós-tratamento. No entanto, muitos medicamentos, incluindo a quimioterapia, podem danificar os nervos, resultando em neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ).

Entre 70 a 90% dos pacientes que utilizam drogas como oxaliplatina ou alcaloides de vinca relatam sintomas como dor e dormência, que podem se tornar crônicos em cerca de 50% dos casos.

Detalhes do Estudo Sobre Exercícios físicos

O estudo, liderado pela Dra. Fiona Streckmann, envolveu 158 pacientes com câncer, tanto homens quanto mulheres, que estavam recebendo tratamento com oxaliplatina ou alcaloides de vinca. Os pacientes foram divididos em três grupos:

  1. Grupo Controle: Recebeu cuidados padrão sem exercícios adicionais.
  2. Grupo de Exercícios de Equilíbrio: Realizou exercícios focados no equilíbrio em superfícies instáveis.
  3. Grupo de Treinamento com Placa Vibratória: Treinou em uma placa vibratória.

Cada sessão de exercício durou entre 15 a 30 minutos, duas vezes por semana, durante toda a quimioterapia. Exames regulares nos cinco anos seguintes mostraram que os grupos de exercício tiveram metade das incidências de NPIQ em comparação com o grupo controle.

Benefícios dos Exercícios

Os exercícios não só reduziram a incidência de danos nos nervos em 50 a 70%, mas também melhoraram a qualidade de vida percebida pelos pacientes. Além disso, a necessidade de reduzir a dose de quimioterapia foi menor, e a mortalidade nos cinco anos seguintes ao tratamento diminuiu.

Pacientes que realizaram exercícios sensório-motores enquanto recebiam alcaloides de vinca tiveram os maiores benefícios.

Desafios com Medicamentos

Embora muitos recursos tenham sido investidos na tentativa de prevenir NPIQ com medicamentos, esses tratamentos mostraram-se ineficazes.

Anualmente, os EUA gastam cerca de US$ 17.000 por paciente para tratar danos nos nervos associados à quimioterapia, sem sucesso significativo. A Dra. Streckmann destaca que o exercício é uma alternativa eficaz e de baixo custo.

Estudos Futuros e Implementação Sobre Exercícios físicos

Atualmente, a equipe está desenvolvendo diretrizes para integrar exercícios como terapia de suporte nos hospitais. Desde 2023, um estudo está em andamento em seis hospitais infantis na Alemanha e na Suíça, focando na prevenção de disfunções sensoriais e motoras em crianças submetidas à quimioterapia neurotóxica.

“O potencial da atividade física é extremamente subestimado,” afirma a Dra. Streckmann. Ela espera que os resultados do estudo levem a um maior número de terapeutas esportivos nos hospitais para explorar melhor esse potencial.

Referência

Universidade de Basileia. “Exercício físico previne danos nos nervos durante a quimioterapia.” CiênciaDiário

Imagem própria: SAAUDEE.COM

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