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O que é ferimento corto-contuso, sofrido por Lula após queda

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saaudee.com - imagem.freepik

presidente Lula (PT) sofreu acidente doméstico no Palácio do Alvorada no último sábado (19), o que resultou em um ferimento na cabeça. Em entrevista exclusiva à CNN, o médico pessoal de Lula, Dr. Roberto Kalil Filho, que o atendeu no Hospital Sírio-Libanês de Brasília, explicou que o presidente sofreu um traumatismo craniano, causado pela batida na parte de trás da cabeça.

“Essa é uma lesão caracterizada por um trauma que envolve tanto corte quanto contusão do tecido. Geralmente, ocorre quando há um impacto que resulta em laceração da pele e do tecido subjacente, frequentemente com a presença de um hematoma. No caso do crânio, é comum que o hematoma esteja localizado na região subgaleal (por cima do osso, mas abaixo do tecido subcutâneo), coloquialmente chamado de ‘galo’”, explica André Gentil, neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, à CNN.

O que é traumatismo craniano?

Em entrevista à CNN, Kalil explicou que Lula chegou ao hospital com um traumatismo craniano, mas que está bem. “O ferimento precisou de pontos. Fizemos tomografias e ressonâncias, que mostraram um pequeno sangramento na região temporal, na frente da cabeça. Isso ocorre porque, em quedas, o contragolpe pode lesionar a parte frontal”, explicou o especialista.

O médico pessoal de Lula destacou que, apesar do impacto, o presidente não perdeu a consciência. “Ele não desmaiou, não escorregou, nem nada disso”, disse.

Um traumatismo craniano acontece como resultado de um golpe violento ou batida forte na cabeça. De acordo com a Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos da área de serviços médicos e de pesquisas médico-hospitalares, localizada nos Estados Unidos, as lesões cerebrais causadas por esse tipo de acidente podem afetar as células do cérebro temporariamente ou, em casos mais graves, podem resultar em hematomas, ferimentos, sangramentos e outros danos físicos ao cérebro.

As causas mais comuns para esse tipo de traumatismo incluem quedas, colisões relacionadas a acidentes de trânsito, violência, lesões esportivas ou explosões. Crianças e idosos estão entre as pessoas com mais risco de uma lesão cerebral traumática, de acordo com a Mayo Clinic.

Os sintomas mais comuns associados ao traumatismo craniano são:

  • Dor de cabeça;
  • Náuseas e vômitos;
  • Fadiga ou sonolência;
  • Problemas na fala;
  • Tontura ou perda de equilíbrio;
  • Visão turva;
  • Sensibilidade à luz e/ou ao som;
  • Perda de consciência ou confusão mental;
  • Problemas de memória ou concentração;
  • Mudanças de humor.

Quando procurar um médico?

É importante consultar um médico sempre que ocorrer uma pancada forte na cabeça e houver sinais ou sintomas de traumatismo craniano, pois há risco de complicações associadas à lesão.

“A grande maioria dos traumas de crânio leves, que não causam nenhum tipo de sintoma, tem evolução favorável. Mas quando há ‘sinais de alerta’, como perda de consciência, sangramento do couro cabeludo, ou sintomas mais importantes como confusão mental, sonolência, vômitos, amnésia (entre vários outros), sem dúvida um serviço de saúde dever ser buscado com urgência para investigar se o trauma teve alguma consequência maior. A equipe da unidade de atendimento irá avaliar o caso e decidir se uma tomografia dever ser feita”, orienta Gentil.

Complicações associadas a ferimentos e traumas na cabeça

De acordo com o neurocirurgião, os traumas leves podem não causar complicações graves de saúde, podendo ser, até mesmo, assintomáticos em alguns casos. No entanto, traumas graves podem necessitar intervenções neurocirúrgicas e cuidados específicos.

“Com relação ao risco de sequelas, em geral só está associado a casos mais graves e será avaliado por uma equipe especializada”, afirma Gentil.

Além disso, o tratamento pode depender das características específicas de cada caso. “Os cuidados podem ser simples, como apenas vigilância neurológica e uso de sintomáticos, ou mais avançados, em traumas mais graves, incluindo cuidados de neurointensivismo”, finaliza.

Fonte: cnnbrasil.com.br/saude

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