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Resistência aos antimicrobianos é tema da abertura da reunião do G20 em Natal

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saaudee.com - imagem.freepik

Ouso indiscriminado de antimicrobianos na saúde humana, animal e nos meios de produção agroalimentares e fatores sociais e ambientais são os principais responsáveis pela aceleração da resistência aos antibióticos, responsáveis por 1,27 milhão de mortes atribuíveis e até 5 milhões de mortes associadas. Esse foi o tema que permeou a abertura da 4ª Reunião do Grupo de Trabalho da Saúde do G20, em Natal.

“Esse tema é de grande importância para o mundo todo. A resistência aos antibióticos é uma ameaça para a saúde global. Se essa resistência continuar crescendo, em 2050 nossos antibióticos não tratarão mais as doenças que eles tratam hoje”, alertou Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

Na tarde do domingo (1º), representantes dos estados-membros, do sistema das Nações Unidas, representantes de organizações não governamentais, acadêmicos e partes interessadas que trabalham na prevenção e resposta à resistência antimicrobiana (RAM) debateram o compartilhamento de experiências e o aprendizado sobre a colaboração intersetorial Uma Só Saúde (One Health) – a abordagem integrada que reconhece a conexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental.

Países que receberam apoio conjunto das organizações quadripartite – Organização das Nações Unidas para Agricultura (FAO), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial para Saúde Animal (WOAH) compartilharam seus planos de ação para RAM a fim de promover a conscientização e a adaptação por outros países.

Outro assunto em destaque foi o papel catalisador do Fundo Fiduciário Multiparceiro para Resistência Antimicrobiana (AMR MPTF) no apoio aos países para prevenir e responder à RAM. O fundo apoia esforços em nível nacional, regional e global para a entrega do Plano de Ação Global e Nacional da RAM.

O objetivo do evento foi, também, alinhar ações e estratégias com o intuito de que os países-membros assinem a Declaração das Nações Unidas sobre o combate à RAM, dia 26 de setembro em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Contexto

Desde a declaração política na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) de 2016 sobre a RAM, houve considerável impulso político e comprometimento para abordar o assunto nos setores de saúde humana, animal e ambiental por meio de uma abordagem de Uma Só Saúde.

No entanto, o progresso tem sido limitado. Apesar de 178 países desenvolverem Planos de Ação Nacionais (NAPs) para a RAM, apenas 11% alocaram orçamentos para implementação.

Os custos socioeconômicos da RAM também são altos, com o tratamento de infecções resistentes projetado para custar U$ 412 bilhões e perdas de produtividade econômica de cerca de US$ 443 bilhões. A RAM também deve causar um declínio de 11% na produção pecuária em países de baixa renda até 2050, o que colocará em risco a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A abordagem Uma Só Saúde é essencial para responder à RAM em domínios humanos, animais, vegetais e ambientais.

O G20

O encontro do Grupo de Trabalho da Saúde (GT Saúde) do G20 ocorre de 1º a 3 de setembro, na capital potiguar. Além da União Europeia e da União Africana, fazem parte do G20: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.

O evento também conta com a participação de membros de países observadores. São cerca de 25 países e 28 organizações internacionais. Ele é parte da preparação de propostas de saúde, bem como construção de consensos, que visa à grande reunião ministerial no Rio de Janeiro, em outubro.

Na ocasião, serão estabelecidos os acordos sobre as temáticas discutidas no decorrer do ano, para que sejam levados às organizações internacionais e endossadas pelos ministros que compõem o GT da Saúde.

Os assuntos prioritários estabelecidos pelo governo brasileiro são: combate à fome, pobreza e desigualdade, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da governança global.

Fonte: Ministério da Saúde

Imagem própria: SAAUDEE.COM

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