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Transtornos Neurológicos

Descobrindo a linguagem do autismo: Como falar sobre o assunto

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Cordel: “02/04 – Teia de Cores do Autismo” - Pixabay

Quando se trata de falar sobre autismo, as pessoas têm maneiras diferentes de se expressar. Alguns preferem dizer “uma criança com autismo”, enquanto outros optam por “uma criança autista”.

Essas palavras refletem diferentes perspectivas sobre o autismo e muitas pessoas têm opiniões fortes sobre o assunto.

A importância da pessoa em primeiro lugar

Há aqueles que preferem usar a expressão “criança com autismo” porque acreditam que isso enfatiza a identidade da criança para além do diagnóstico. Eles defendem que a criança não deve ser definida pelo autismo. Esse modo de se referir é conhecido como “pessoa em primeiro lugar” e é geralmente recomendado como uma forma respeitosa de falar sobre pessoas com deficiências e outros problemas de saúde.

Celebrando a identidade em primeiro lugar

Por outro lado, existem aqueles, incluindo muitos ativistas do autismo, que preferem usar o termo “autista”. Eles acreditam que o autismo não deve ser encarado como uma deficiência ou um transtorno, mas como uma diferença valiosa, uma expressão do que chamamos de “neurodiversidade”. Para eles, o autismo deve ser respeitado como parte fundamental de sua identidade. Essa abordagem é chamada de “identidade em primeiro lugar”. Os defensores do autismo afirmam que ser autista é tão importante quanto outras características, como religião, raça ou gênero.

Eles argumentam que o uso da expressão “com autismo” implica que o autismo é algo negativo que aconteceu com a pessoa, em vez de ser uma parte integrante de quem ela é.

Desvendando a Síndrome de Asperger

Além disso, muitas pessoas também utilizam o termo “síndrome de Asperger” ou simplesmente “Asperger” para descrever crianças autistas que apresentam alguns sintomas, mas não têm dificuldades de linguagem ou intelectuais. Essas crianças são frequentemente chamadas de “autistas de alto funcionamento”. Seus sintomas são leves e, geralmente, não atrapalham seu desempenho e sucesso em diversas áreas.

É importante mencionar que, até 2013, a síndrome de Asperger era considerada um diagnóstico independente do autismo no DSM-IV, o guia oficial de transtornos mentais. No entanto, com a atualização para o DSM-5, a síndrome de Asperger foi incorporada ao diagnóstico de transtorno do espectro autista.

Apesar dessa mudança, muitas pessoas ainda preferem utilizar o termo “Asperger” para descrever essa condição até os dias atuais. Ao falar sobre o autismo, é importante respeitar a diversidade de opiniões e encontrar uma linguagem inclusiva que valorize a individualidade de cada pessoa.

Por Dr. Maurício Pelloso Médico

CRM-PE 36.272

Imagem própria: SAAUDEE.COM

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