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Exercícios Físicos & Saúde

Entenda o que pode ter causado morte de homem após acidente em supino em PE

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saaudee.com - imagem.pixabay

Um homem de 55 anos morreu na quarta-feira (3) após sofrer um acidente enquanto praticava supino em uma academia da cidade de Olinda, no Grande Recife, na terça-feira (2).

Ronald José Salvador foi atingido por uma barra de ferro equipada com anilhas durante o exercício e passou mal na hora. Ele até chegou a ser encaminhado para um hospital, mas não resistiu ao impacto e morreu no dia seguinte ao acidente.

A causa da morte ainda está sendo investigada pela Polícia Civil de Pernambuco, que checa ainda se houve imperícia, imprudência ou negligência, como praxe neste tipo de caso. Como o caso ainda não tem explicação oficial, a CNN Brasil ouviu Bruno Valdigem, cardiologista eletrofisiologista do Einstein Hospital Israelita e do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, para entender o que pode ter causado a morte de Ronald.

Quais podem ter sido as causas da morte de Ronald?

O especialista explicou que os casos de parada cardíaca após prática de exercício intenso estão normalmente relacionados a infarto. No entanto, neste caso, trata-se de um trauma torácico, o que abre margem para outras possibilidades. Veja abaixo:

1 – Fratura nas costelas
Segundo Valdigem, o impacto da barra no tórax de Ronald pode ter causado fraturas nas costelas, o que impediria a atividade pulmonar.

“Fica difícil de você conseguir fazer o ar, entrar e sair, fazer pressão negativa dentro do tórax”, afirmou.

2 – Pneumotórax hipertensivo
Outra hipótese elencada pelo cardiologista é que, com a pancada, tenha entrado ar em volta dos pulmões e isso tenha causado uma bolha que impediu o pernambucano de respirar.

3 – Lesão da aorta
Em casos de trauma no tórax, também é possível que o impacto cause alguma lesão na aorta ou em vasos sanguíneos próximos. Valdigem explicou que, nesses casos, pode haver sangramento intenso, o que esvaziaria o sangue do corpo em segundos.

4 – Commotio Cordis
Uma última hipótese elencada pelo especialista é que tenha acontecido um caso de commotio cordis, que é uma condição rara de arritmia cardíaca causada por um impacto muito forte e não penetrante no coração.

“É diagnóstico que você vê tem alguns filmes na internet, gente lutando karatê ou levando uma bolada muito forte no peito e desmaiando. A pancada no coração ou perto do coração pode levar a arritmia cardíaca. A arritmia cardíaca, quando ela é muito rápida, ela pode levar a uma parada cardíaca, que é o coração não conseguir empurrar sangue suficiente para poder oxigenar o cérebro e o resto do corpo”, explicou.

Deixar de praticar esportes não é solução

Na conversa com a CNN, Valdigem reforçou que a chave para prevenir acidentes como esse não é parar de praticar esportes, mas sim entender se a estrutura da academia é adequada e garantir que você tenha o suporte adequado na execução dos exercícios.

“O sedentarismo causa muito mais doenças cardíacas que vão levar ao infarto, AVC, hipertensão do que o esporte pode causar em situações atípicas. Nesse caso, a gente tem monte de coisas para se debater: se a estrutura da academia estava adequada, qual é o plano de cada local para caso alguém tenha um infarto, se tem desfibrilador externo automático, que é aqueles aparelhos de fazer dar choque no caso de arritmia grave na academia e gente sabendo usar”, defendeu o cardiologista.

Ele também falou sobre a importância de o praticante da atividade física fazer exames de rotina e observar com cuidado se ela pode fazer aquele exercício.

“Atividade física é remédio. Depois de uma certa idade, o que mais salva a nossa vida é a presença de massa muscular. Ou seja, em caso de fratura, você pode morrer porque você não tem massa muscular suficiente para permitir você sair da cama.”

Ressuscitação salva vidas

Para o especialista, é muito importante que mais pessoas saibam fazer ressuscitação cardiopulmonar, já que, nesses casos, cada segundo importa.

“Saber reconhecer uma parada salva vizinhos, salva amigos, salva pessoas que estão passando na rua. Todo mundo deveria e os canais de comunicação também poderiam estimular o ensino de massagem cardíaca para leigo”, afirmou.

“Eu preciso capacitar para fazer massagem cardíaca não só o pessoal de educação física, mas o pedreiro, o arquiteto, o executivo. Quando estiver num shopping, quero que a pessoa mais perto de mim esteja apta caso eu tenha uma parada cardíaca, caso eu tenha um infarto. Não quero que alguém tenha que ligar para o meu médico. Cada minuto que passa, o cérebro vai sendo consumido pela falta de oxigênio.”

Fonte: cnnbrasil.com.br/saude/

Imagem própria: SAAUDEE.COM

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