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Transplante de medula com doador meio compatível é tão seguro quanto padrão

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saaudee.com - imagem.freepik

Um estudo brasileiro revelou que transplantes de medula óssea de doadores familiares parcialmente compatíveis (haploidênticos) são tão seguros e eficazes quanto os de doadores não parentes totalmente compatíveis. A descoberta, apresentada durante a 67ª Reunião da ASH (Sociedade Americana de Hematologia), que aconteceu entre os dias 6 e 9 de dezembro em Orlando, na Flórida.

A descoberta expande o universo de potenciais doadores para pacientes com leucemia aguda que necessitam de um transplante para o tratamento e não possuem um irmão compatível. O estudo, liderado pelo Einstein Hospital Israelita e pela SBTMO (Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea), envolveu 21 centros e mais de 500 pacientes.

“Nós sabemos que o transplante com irmãos é o ideal. A nossa dúvida era fazer a comparação entre o transplante com doadores não aparentados, que são os doadores de registro, com o transplante haploidêntico, feito com a doação de uma pessoa meio compatível”, explica Nelson Hamerschlak, coordenador do Departamento de Hematologia do Einstein, à CNN Brasil.

“Com isso, ninguém deixa de ter doador, porque o paciente tem um pai ou uma mãe, ou até mesmo um primo, que é metade idêntico a ele. Então, virtualmente, você passa a não ter o risco de deixar de fazer transplante para alguém por falta de doador”, completa.

O estudo foi feito coletando dados de cerca de 500 pacientes de 21 centros brasileiros que passaram por transplante entre 2018 e 2021 e dados após o procedimento, em um acompanhamento entre 2021 e 2024. O trabalho comparou dois tipos de doadores:

MUD: sigla em inglês de “matched unrelated donor”, que é o doador não parente, mas totalmente compatível com o paciente;
Haplo: de “haploidentical donor”, que é o doador parcialmente compatível, podendo ser pai, mãe, filho e irmão.
Segundo o estudo, pacientes com doador haplo e MUD tendem a ter sobrevivência global semelhante na maioria das análises comparativas.

“Esse resultado é importante porque mostra que, se o paciente precisar transplantar com alguém parcialmente compatível, isso é factível e seguro”, afirma Mariana Kerbauy, hematologista do Einstein Hospital Israelita. “No Brasil, temos a questão étnica. Muitas vezes, no banco, há muita miscigenação, o que acaba nos atrapalhando a encontrar alguém 100% compatível. Então, o fato de podermos fazer um transplante com alguém da família parcialmente compatível é muito importante”, completa.

*A jornalista Gabriela Maraccini viajou a Orlando, Flórida, a convite da Johnson & Johnson

Fonte: cnnbraasil.com.br/saude/

Imagem própria: SAAUDEE.COM

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