Risco de herpes-zóster aumenta depois dos 50 anos

A Herpes-Zoster, causada pelo mesmo vírus da catapora (varicela-zoster), representa um risco crescente para pessoas com mais de 50 anos, conforme alerta o infectologista Ivan França, do Hospital Israelita Albert Einstein, durante o CNN Sinais Vitais. A doença, que se manifesta quando o vírus adormecido no organismo é reativado, tem sua incidência aumentada significativamente nessa faixa etária.

“Acima de 50 anos é o pico da doença, mas a gente tem visto cada vez mais pessoas mais jovens tendo também o herpes-zoster”, explica Ivan. Segundo ele, o fator determinante para o surgimento da doença é a queda da imunidade: “Se a imunidade cai, ele pode aparecer dessa forma. O vírus varicela vai aparecer como o zoster”.

Fatores de risco e situações de vulnerabilidade

Entre os grupos mais vulneráveis estão pessoas com imunidade comprometida por diversos fatores. “O mais comum é aquele paciente que fez, por exemplo, um tratamento que diminuiu a imunidade, paciente que está com câncer e faz uma quimioterapia”, detalha o especialista. Também estão em risco “aquele paciente que está imunossuprimido, imunocomprometido por um medicamento, fez um transplante, por exemplo, e teve que tomar imunossupressores”.

No entanto, o especialista ressalta que não é preciso ter uma condição grave para desenvolver a doença. Situações cotidianas de estresse também podem desencadear o surgimento do herpes zoster: “Basta a pessoa ter um estresse muito grande, está trabalhando demais, dormindo pouco, ou viajou para um lugar mais frio e ficou sob esse estresse do frio, ele pode aparecer porque a imunidade cai”.

A partir dos 50 anos, o organismo passa por um processo natural chamado imunosenescência, que é o envelhecimento do sistema imunológico. “A partir dos 50 anos já existe uma imunosenescência, a imunidade vai caindo. Por isso o pico a partir dos 50 anos”, explica Ivan.

Como medida preventiva, o especialista recomenda a vacinação específica contra o herpes-zoster para pessoas acima dos 50 anos: “E por isso que a gente recomenda as vacinas a partir dos 50 anos”. A imunização pode reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença ou, caso ocorra, diminuir sua gravidade e complicações associadas.

Fonte: cnnbraasil.com.br/saude/

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